Dicas importantes
Para saber se a fórmula funciona, verifique o cálculo com as suas excursões preferidas e o utilize antes e durante a caminhada. O cálculo poderá ajudar muito para atestar, por exemplo, se há condições de descer ou subir algum trecho íngreme de uma trilha antes que a noite chegue. Desta forma, aumenta-se a segurança do planejamento.
Imagine que são 15 horas da tarde a ainda faltam 200 metros de desnível até o cume, ou seja, mais ou menos 30 minutos. A descida do cume até o trecho mais difícil serão mais 600 metros de desnível (de 60 a 90 minutos). Considerando 90 minutos, para se ter uma garantia maior, já temos aí pelo menos 120 minutos (2 horas). Se você continuar o trajeto normal, pelo cume, não chegará na parte difícil antes das 17 horas, ainda que não faça paradas. É hora de parar e considerar: como estão os participantes física e mentalmente? Como está o tempo? Devo fazer o cume e descer rápido, sem pausa? Ou seria melhor descansar agora, não continuar subindo, e voltar com tranqüilidade? Caso decida seguir, é bem provável que pegue escuridão: todos os participantes estão com lanterna?
O desnível total de uma excursão serve, além do cálculo da duração, para estipular se o grupo poderá agüentar a empreitada: para iniciantes, o limite deve ficar em torno de 600m, para caminhantes regulares, em 1000m, e para bem treinados, em 1500m. A extensão total não pesa tanto. Afinal qualquer um conseguirá caminhar mais uma hora no plano, mesmo que reclamando.
Use e treine o cálculo! E lembre-se que a montanha estará sempre lá esperando o seu retorno, mesmo que não seja desta vez. Como diz o Hans Kammerlander: só se venceu a montanha depois da descida bem-sucedida.
Texto de Hans Rauschmayer, adaptado por Márcia Soares
Disponível em: http://www.trilhaserumos.com.br/ Acesso: 25/04/2010