Estimando o tempo das caminhadas (3/4)


Um exemplo concreto

Imaginemos que essa trilha será feita por um caminhante padrão e que o primeiro trecho tem 3 km de extensão. Esse número, dividido pelos 5 km/hora da fórmula, dará 36 minutos para a variável extensão. Neste trecho o desnível é de 200 metros. Considerando o caminhante padrão (400 metros/hora), chegamos a 30 minutos para o desnível. Somando as variáveis extensão e desnível teremos 65 minutos neste primeiro trecho.

No segundo trecho da mesma trilha a distância é de 2 Km, o que dará 25 minutos para a extensão. O desnível é de 600 metros, o que nos leva a mais 90 minutos para o desnível (400 metros/hora lembra-se?). Somando-se mais um sobe-e-desce de 100 metros, que resulta em mais 30 minutos, teremos um total de 145 minutos para esse segundo trecho.

Nesse ponto chegamos ao cume de nossa trilha. A subida inteira levou 210 minutos (65 mais 145 minutos), ou seja, três horas e meia.

Este cálculo considerou somente o tempo de caminhada na subida, em trilhas abertas e de fácil orientação. Para chegar ao tempo total da excursão, devemos adicionar:

Pausas – dependem do objetivo da excursão, do estilo pessoal, do tamanho do grupo, de temperatura etc.

Dificuldades – leito de riacho, trechos fechados, escaladas, procura pela trilha. O tempo considerado depende dos participantes. Por exemplo, a carrasqueira, conhecido trecho da Pedra da Gávea (Rio de Janeiro), custa muito tempo para um grupo grande de iniciantes. Já para escaladores experientes, ela não entra na conta.

Condições – na trilha molhada sobe-se e desce-se mais devagar.

Descida – aplica-se o mesmo valor da subida ou um pouco menos. O tempo real depende mais das condições da trilha do que a subida. Em trilha boa e seca, o desnível superado por hora é de 600m. Enfrentando trechos difíceis ou molhados, pode-se levar bem mais tempo descendo que subindo. 




 Texto de Hans Rauschmayer, adaptado por Márcia Soares
Disponível em: http://www.trilhaserumos.com.br/ Acesso: 25/04/2010